Preguiça Acrescentada

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terça-feira, 31 de maio de 2016

Future

A pior parte de ser uma adolescente não é ter todas as mudanças corporais a acontecer de repente. Nem sequer é o bullying na escola ou as discussões parvas com a mãe. A pior parte para mim são as mudanças de humor repentinas. O estar perfeitamente contente com a vida e de repente, sem qualquer aviso prévio ou explicação alguma, ficar tão triste que começo a chorar, ou tão adormecida que nem consigo levar uma conversa avante. São tão estranhas as coisas que se andam a passar na minha vida, tão confusas. Nem sei como me sentir. Afinal, eu sou uma rapariga nova, ainda nem 18 anos e já tantas coisas se passaram, já tantas paixões temporárias. Como é que uma pessoa sabe quando é mesmo a paixão da sua vida, se todas elas parecem ser até já não serem? E pior, como perceber antes que seja tarde demais? Todos os passos que tomamos, todas as decisões, afectam o futuro. Só temos este futuro porque tomámos as decisões que tomámos, mas se tivéssemos tomado um rumo diferente, teríamos um presente diferente.
Pensando no passado, normalmente encontro-me a pensar se tomei a decisão certa, ou a pensar que devia ter sabido antes de me magoarem que me iam magoar. Mas todas essas paixões temporárias foram os tijolos amarelos que nos levaram ao castelo de esmeralda no fim do caminho. 
E o que ainda acho curioso é que apesar de acharmos que encontrámos a paixão da nossa vida, só no fim da nossa vida é que podemos ter a certeza que era mesmo. E porquê? Uma palavra: Perspectiva. Se olharmos para a nossa vida com olhos de 15 anos pode ser que achemos que encontrámos o amor da nossa vida. Ah… Amor jovem… Mas se olharmos para trás aos 17 para este passo que tomámos, podemos achar que foi um erro e que nos magoámos sem precisarmos, porque os sinais estavam todos lá que esta não era a pessoa certa para nós.
Às vezes eu gostava de saber o que vem aí, para estar preparada. Mas a realidade é que se voltassem atrás no tempo para quando eu tinha 15 anos e me dissessem como é a minha vida agora, aos 21, eu provavelmente não iria acreditar. Porque aos quinze anos eu pensava que aos vinte e um já tinha acabado a escola secundária e andava a viajar pelo mundo com fundos ilimitados aparentemente porque nada nos meus planos incluía ganhar dinheiro. A realidade é bastante diferente.
 Mas no momento, nós queremos saber o futuro, mesmo que o simples facto de o sabermos o altere.
bleep.

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